FAQs

Questões mais frequentes

PERGUNTAS FREQUENTES

Qual a função dos rins?

Uma das principais funções dos rins é a remoção dos resíduos e do excesso de líquidos através da urina. Os rins são também responsáveis pela regulação dos níveis de sal, potássio e ácido do nosso corpo. Além disso, produzem hormonas que ajudam na regulação da pressão arterial, no controlo do metabolismo do cálcio, na produção de vitamina D e na produção de glóbulos vermelhos.

O que é a insuficiência renal crónica terminal?

A insuficiência renal crónica é uma doença progressiva que é classificada em 5 estádios de acordo com o grau de função renal. No último estádio (estádio 5), o nível de funcionamento renal está abaixo dos 10%. É daí que advém o termo “terminal”, referindo-se ao facto de os rins deixarem de realizar as suas funções vitais. Por essa razão, uma pessoa nessa condição necessita de realizar tratamentos de substituição da função renal para sobreviver. Existem três tipos de terapias renais de substituição: a hemodiálise, a diálise peritoneal e o transplante renal.

O que é a hemodiálise?

Em Portugal, a hemodiálise é o tratamento mais frequente para pessoas com insuficiência renal crónica terminal. Trata-se de um tratamento que funciona como um “rim artificial”, uma vez que permite a eliminação da maior parte dos resíduos do metabolismo corporal e do excesso de líquidos. Como a nutrição de cada indivíduo é diferente, existem diferentes quantidades de produtos finais do metabolismo que precisam ser removidos. Os rins saudáveis regulam também a composição de componentes como eletrólitos, água, minerais, oligoelementos, etc. A máquina de diálise assume essas tarefas de regulação, para além de eliminar as toxinas.

Como se realiza a hemodiálise?

Durante a hemodiálise, o sangue circula para fora do corpo do paciente e passa por um filtro (o dialisador). Depois deste processo, o sangue filtrado retorna ao corpo. Tudo isto é possível graças a um acesso vascular (exemplo: fístula arteriovenosa ou cateter venoso central) e a uma máquina de diálise que permitem a circulação extracorporal do sangue. Os tratamentos de hemodiálise realizam-se, por norma, três vezes por semana durante cerca de três a quatro horas por sessão.

Como é que funciona o dialisador?

O dialisador tem duas partes principais: uma para o seu sangue e outra para o dialisante (a solução de diálise que permite a limpeza do sangue). Ambas as partes são separadas uma da outra por milhões de membranas finas que o dialisador contém. À medida que o sangue passa por essas fibras é eliminado o excesso de líquidos e as toxinas.  Estas fibras, por serem muito finas, permitem que as células sanguíneas e as proteínas permaneçam no sangue. Já as toxinas menores como a ureia, creatinina, potássio, fósforo e os líquidos extra são eliminados. Durante o tratamento dialítico, apenas cerca de 250 ml de sangue ficam fora do corpo.

O que é um acesso vascular?

O acesso vascular é um sistema criado cirurgicamente para transferir e para devolver o sangue que é filtrado durante a hemodiálise. Para o paciente, o acesso vascular é como se fosse a sua linha de vida, uma vez que é um fator determinante para a realização, sucesso e eficácia do tratamento. O tipo de acesso vascular mais utilizado é a fistula arteriovenosa. Existem outros tipos de acessos, nomeadamente os enxertos arteriovenosos (ou próteses) e o cateter venoso central.

Quais as funções da máquina de hemodiálise durante o tratamento?

A máquina de hemodiálise possui várias funções diferentes, todas projetadas para tornar o tratamento o mais eficiente e seguro possível. Além de bombear o sangue do corpo para o dialisador, a máquina de hemodiálise controla:
  • Fluxo sanguíneo
  • Pressão arterial
  • Quantidade de fluído removido
  • Outros sinais vitais e informações que ajudam a equipa de diálise a garantir que o paciente tem o melhor tratamento possível.

Porquê o alarme da máquina de diálise?

Durante toda a diálise, a máquina mede as pressões no interior do tubo de sangue e do dialisador, o fluxo sanguíneo, a temperatura e a mistura correta do dialisante. Quando o tratamento começa, a equipa de diálise estabelece limites para estas pressões. Se a máquina medir qualquer uma das pressões fora desses limites, emite um alarme sonoro. Este alarme permite que a equipa de diálise se certifique de que o paciente está em segurança e que possam atuar no sentido de resolver a questão. No final do tempo de tratamento, a máquina de diálise também emite um alarme sonoro.

Que complicações podem ocorrer durante a diálise?

Podem ocorrer câimbras nas pernas ou crises de hipotensão que tornam o tratamento desconfortável. A razão pelas quais estes sintomas surgem variam de pessoa para pessoa. No entanto, muito comummente, estão associados à remoção de grandes volumes de fluídos durante a diálise. Caso o paciente sinta câimbras, deve avisar a sua equipa de diálise para que o possam ajudar e evitar que o desconforto se agrave.
Além disso, durante a diálise, existe um risco acrescido de contrair uma infeção devido à natureza do tratamento. A equipa de diálise é treinada para reduzir os riscos de infeção, mas o paciente também tem um papel importante a desempenhar. Desta forma, é aconselhável que todos os pacientes ao entrarem e saírem da sala de diálise lavem as mãos. O paciente deverá também informar, previamente, a equipa de diálise caso pense estar com alguma infeção.

O que acontece no final de uma sessão de diálise?

No final da sessão de diálise, caso o paciente tenha um cateter venoso central, este será limpo e fechado até ao próximo tratamento. Se o paciente tiver uma fístula ou enxerto, as agulhas serão removidas e o paciente deverá pressionar o local da punção durante aproximadamente 15-20 minutos por forma a garantir que o sangramento para.
A pressão arterial será verificada para garantir que é seguro sair da cadeira. Isto é importante, uma vez que alguns pacientes podem ter sensações de desmaio logo depois de se levantarem a seguir ao tratamento. O peso será verificado e registado, tal como no início de cada sessão de diálise. Esta avaliação é importante para que a equipa perceba se é seguro para o paciente deixar a sala de diálise. Se a qualquer momento não se sentir bem, informe a sua equipa de enfermagem antes de sair do centro.